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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Africanofagias Paulistanas ou Reflexão sobre o Serviço Educativo de algumas Instituições Culturais de São Paulo - Parte 3

Em 22 de junho de 2011, redigi meu último texto que reflete sobre os serviços educativos oferecidos ao público visitante de algumas instituições de arte e de cultura de São Paulo.
Havia acabado de me desligar de um importante museu que possui um acervo maravilhoso com grandes possibilidades de realização de belos e frutíferos trabalhos sobre culturas africanas e afro-brasileira, que poderiam ser oferecidos aos mais variados públicos, especialmente aos de estudantes, pensando tanto na educação formal quanto na formação de público, a criação do hábito de se frequentar exposições e acervos. Que frustração... Quase sete anos empenhada em planejar ações que se concretizassem, porém, ainda é muito difícil para alguns nomes poderosos distinguir as funções de cada setor de um museu ou instituição cultural. Mais oneroso ainda é compreender que uma Organização Social tem um papel diante da população, que parte significativa de sua verba é proveniente do meu, do seu, dos nossos impostos, a cada dia extirpado de nossas posses.
Obtive muitos retornos, alguns querendo me mostrar que minha visão era utópica. Por que ainda pensamos que realidades de outros países são utópicas para a nossa gente? Por que alguns nascem com o gene cultural da estagnação, da aceitação, da comiseração? Não temos que ser assim! Passivos, amorfos, isentos. Pode-se sim criticar, propor, refletir, contestar! Por favor, mais gente do contra, por favor! 
Aqui no nosso país sair às ruas em protesto é quase uma ameaça de morte, porque a segurança nacional é sempre defendida na bala, especialmente se é a população na rua. Ah, mas não bala de borracha, diga-se de passagem. Entendo absolutamente este medo do confronto, porém não o silêncio. Quem cala coaduna, aprova, permite!
Semanas depois eu recebi um convite para conceber uma programação para o mês da Consciência Negra para a Pinacoteca do Estado, instituição da qual sou criardevido às muitas vezes em fui apreciar o seu fabuloso acervo, desde meus 15 anos estudante da ETE Carlos de Campos no Brás, mas também porque fui educadora lá na segunda exposição de Auguste Rodin: "A Porta do Inferno". Tenho o avental até hoje, que honra!
Fiquei pensando em como relacionar a população negra, arte e cultura e a Pinacoteca do Estado com seu acervo que nos traz a memória da construção da identidade paulistana, muito marcado pela presença do maravilhoso Almeida Júnior e as suas representações do homem do campo, o "caipira".
Pensei no Manifesto Antropógafo de Oswald de Andrade que resume muito do que é a cultura brasileira: recriação e transformação. Para além disso, vinha à minha mente a pergunta:"onde estão os negros e a sua cultura em São Paulo?" Ou melhor: "e as heranças de nossos antepassados africanos?".
Na minha cabeça desenhou-se este título "Africanofagias Paulistanas", pensando em destacar o papel da população africana para a configuração da cidade que conhecemos hoje. Fui pesquisando e cheguei a conclusão de que estes dados são muito visíveis, mesmo que se queira (ainda) imprimir a esta cidade a marca dos imigrantes europeus e, no máximo, japoneses. Porém, para os puristas da forja desta megalópole, o fenômeno da imigração é constante e já temos hordas de nigerianos, angolanos, chineses, coreanos, bolivianos e muitos outros grupos provenientes de outros países ajudando na lubrificação de nossas engrenagens. 
Foi assim que apresentei para a coodenadora do Setor Educativo (Milene Chivatto) e para o Diretor Curatorial (Ivo Mesquita) a ideia do "Africanofagias Paulistanas" quase um devaneio. Por que não discutir a cultura afro-paulistana a partir de mesas redondas, visitas temáticas e pequenos shows? Sempre pensando em tema ligados à história da região metropolitana. O devaneio foi aceito. Que coisa esquisita, feliz e surpreendente... No espaço onde trablahei por anos e para o qual propus muitas ações com este espírito, em poucos momentos às mesmas foram valorizadas. Na Pinacoteca do Estado, onde se salvaguarda um saber erudito aparetemente branco e ocidental, formado nas bases das academias europeias, a proposta foi aderida, sem negociações, sem mais questionamentos. Claro, há vários outros trâmites, mas a proposta foi aprovada.

Deste modo, agora no mês de novembro a Pinacoteca do Estado apresentará uma vasta programação com destaque para a cultura afro-paulistana.

Vamos esperar que outras institutições se sensibilizem para a necessidade de ações mais enfáticas e representativas que contemplem os saberes legados a nós todos pelas populações africanas escravizadas no Brasil e que, mais adiante, tenhamos mais programações com esta envergadura, quiçá, fora de novembro, porque os negros são negros em todos os meses do ano.

Mas, aqui, já temos um grande avanço. 

Parabéns pela coragem Pinacoteca do estado de São Paulo!

Abaixo o link para acesso do site da Pinacoteca do Estado.
Programação

Mesas Redondas
Participação condicionada à ordem de chegada e à capacidade de 150 lugares.
No auditório da Pinacoteca do Estado, aos sábados, das 10h às 13h.

05 de novembro:
Tema: Os africanos nas terras paulistanas.
Apresentação e discussão de pesquisas histórico-antropológicas relacionadas à presença africana na cidade com os palestrantes: Dra. Regiane Augusto de Mattos, Doutorando Milton Silva dos Santos e Professora Dra.Vanicléia Silva Santos enfatizando essa presença histórica que se transforma e se atualiza em discussões como a importância dos babalorixás (pais de santo) na manutenção do candomblé urbano. O conhecimento dos feitiços e mandingas aclimatados no Brasil e os sentidos que o termo mandinga assume no presente. A mediação é do cientista social, curador e mestrando em Antropologia Social Alexandre Araújo Bispo.
 12 de novembro:
Tema: Negro paulistano me tornei, na metrópole que adotei.
Trata-se de apresentar as trajetórias de personalidades negras que migraram para São Paulo e que, aqui constituíram as suas biografias. Os palestrantes são: Professora Dra. Ligia Ferreira (UNIFESP) que falará sobre o jornalista e advogado Luiz Gama, Dra. Flávia Rios que abordará a obra da escritora Carolina Maria de Jesus; Professor Dr. Nelson Inocêncio (UNB) que abordará a biografia do artista plástico Emanoel Araújo. A mediação é da Professora Dra. Maria Aparecida Lopes (UFT).
 19 de novembro:
Tema: Africanizando o cotidiano paulistano.
Tratará da presença africana nas ações do dia a dia, desde os modo de expressão oral às práticas populares religiosas e festivas a partir das pesquisas do escritor e jornalista Oswaldo de Camargo; da artista plástica, folclorista e escritora Raquel Trindade; e do escritor, poeta e Dr. Luiz Silva ou Cuti. Mediação do escritor, historiador e Mestre em Educação Allan da Rosa.
 26 de novembro
As vertentes das expressões artísticas afro-brasileiras na cidade: continuidades. Conversa com representantes dos coletivos de teatro e grupos musicais, com foco sobre os processos de criação cênica e musical que se referem às tradições africanas e afro-brasileiras como fonte de pesquisas e as trazem para o espaço urbanidade. Mediação do jornalista e idealizador da revista de cultura urbana “O Menelick 2.Ato: Afrobrasilidades e afins” José Nabor Júnior.
  
Visitas temáticas
 As visitas temáticas acompanhadas de oficinas poéticas acontecerão simultaneamente nas três instituições, sempre das 14h às 15h30, abordando temas que estão relacionados aos acervos expostos em cada uma delas.
 Na Pinacoteca do Estado o tema é a ausência e a presença do negro na construção da identidade paulistana.
No Museu de Arte Sacra o tema é a presença do elemento negro nas festas sacras católicas.
No Museu da Língua Portuguesa o tema é a influência africana na corporeidade e no vocabulário brasileiros.

 Apresentações de artes cênicas e de música
 No espaço Octógono, aos sábados, 16h30 às 18h.

 05 de novembro
O canto das lavadeiras e rezadeiras que se faz presente com o requinte da batucada de terreiro no samba do Curimba, núcleo formado por pastoras do Grêmio Recreativo de Resistência Cultural Kolombolo Diá Piratininga para difundir o samba paulista e seus mestres.
 12 de novembro
O som que integra a vitalidade percussiva das festas de Maracatu com o improviso dos Mcs do rap do grupo Zinho Trindade e o Legado de Solano.
 19 de novembro
Companhia de Arte Negra As Capulanas. Nesta apresentação elas mostram o trabalho "Quando as palavras sopram os olhos... Respiro!", inspirado no livro “Cartas para minha mãe”, de Teresa Cárdenas.* 16h às 17h30.
 26 de novembro
Grupo Clariô de Teatro apresenta a peça “Urubu come carniça e voa”, montagem inspirada nos textos de João Flávio Cordeiro, o Miró de Muribeca, poeta negro pernambucano que faz da poesia a maneira mais concreta de responder a violência sofrida e observada por ele cotidianamente.


Compareça!

Portas e Janelas de Iguape

Outro dia, conversando com meu coordenador, que não gosta de ser chamado deste modo (rs), falávamos sobre as loucuras de cada um de nós, aquelas que escondemos, que exibimos somente para si ou para poucos amigos e familiares. Ele me disse que sua irmã guardava uma coleção de Barbies em uma caixa de metal, quase um segredo que ela abre e contempla de tempos em tempos.Ele próprio guardou tampinhas durante algum tempo. Meu querido e "crazy" pai, tinha uma adoração por vinis e me recordo dele passando horas e horas a limpá-los e a ouvir e cantar desafinadamente algumas músicas. Ele nem percebia porque o nosso apartamento de COHAB era bem pequeno e ele colocava enormes fones de ouvido para não nos atrapalhar enquanto assistíamos televisão. Lembro de rir com a minha irmã da desafinação do nosso pai, querido...
Tenho as minhas loucurinhas também. Sistematizando e utilizando termos mais adequados, elas podem ser consideradas coleções, pequenas coleções que, quiçá, podem estar em espaços expositivos anos mais tarde. Olha a minha pretensão. Na verdade acredito que coleções podem ser compartilhadas. Tem coisa mais linda que uma coelção de brinquedos, de bonecas, de sapatos (eu e amigas estamos fazendo as nossas, rs), de mobília?
Coleciono bonecas que têm proporções próxmas das humanas. Vi uma edição especial do Klimt outro dia por R$ 199,00, quase caí de costas, pensei em comprar na hora, porém tive que disfarçar porque estava acompanhada e não quis parecer louca, fútil, sei lá. Afinal, eu tenho tantas preocupações sociais e gasto esta grana em uma boneca?
Também tenho uma coleção de HQs, com destaque para os eróticos, de livros de arte (muitos) e de arte mesmo, especialmente gravuras.
Quem acompanha o blog já percebeu que também gosto de fotografas portas e janelas. Nossa, eu viajo. Gosto muito de arquitetura e destes detalhes. Ano que vem farei duas viagens com as quais tenho sonhado e não vejo a hora de colocar as portas e janelas destes lugares aqui.
Bom, fotografei Iguape numa semana sem muito sol, porém que serviu para descansar muito. Foi uma delícia. Descobri também que o nome da cidade tem origem tupi e significa "enseada de água". A cidade surgida em 1538, das mais antigas do Brasil, é tombada, é Patrimônio Brasileiro e, diga-se de passagem que sua arquitetura, especialmente no centrinho histórico está bem cuidada, linda!
Além de conhecer Iguape é possível dar uma passadinha na Ilha Comprida, com uma praia deliciosa. O litoral sul de São paulo tem areia bem limpa e água gostosa, mais gelada... Recomendo.
Em algum momento pretendo realizar este mesmo trabalho com as portas e janelas da cidade de São paulo, que tanto amo! Vamos ver se o tempo me permite.

Um ritmo de vida que para os paulistanos é completamente outro... Outra relação com o tempo. este imóvel tem algo de Art Decó e encontramos muito deste estilo no centro de São Paulo.

As cores são usadas sem receio para revestir as paredes, batentes etc. Poderíamos aprender com eles como tornar a cidade mais agradável aos olhos e fugir um pouco do bege e do creme.




Apesar da cidade de Iguape ser tombada, há imóveis em condições precárias.

Altar da Igreja da Irmandade de São Benedito.
















A vista do principal mirante da cidade é linda. É tanta água que até parece um pântano!


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Arte de matriz africana na sala de aula - SESC Sorocaba

Depois da oficina que ministrei no SESC Sorocaba em 24 de maio deste ano, com foco na Lei 10.639 e as suas possibilidades em sala de aula, para 100 coordenadores de escolas, fui convidada a dar continuidade a este trabalho. Entretanto, agora o tema foi a cultura popular de matriz africana.

Após muita leitura e pesquisa, sendo a pessoa humilde que sou que não tem problemas em afirmar "só sei que nada sei", convidei o historiador Marcos Vinicius Felinto (o sobrenome não é mera semelhança) e o percussionista Manoel Trindade para compor a palestra com oficina comigo. O primeiro tem estudado as influências da musicalidade africana nas músicas entoadas e executadas nas festas populares brasileiras. Este é só dos assuntos que ele estuda (ele produz e grava CDS de música inteiros no quarto!). O segundo, além de ser um supermusicista, tem experiência e vivência (quase atávica), com a cultura popular, neste caso, com destaque para o Maracatu de baque virado.

Sexta pela manhã. Arrumamos tudo e seguimos para Sorocaba às 06h da matina. Sol nascente, dia quente pela frente, nos perdemos na chegada à cidade e conseguimos encontrar o local onde seria ministrada a oficina pedagógica da Diretoria de Ensino de Sorocaba em parceria com o SESC.

Cada vez mais vejo o quanto vale a pena dedicar-se ao que se gosta e se acredita de verdade. Eu acredito no potencial transformador da arte, da cultura, do conhecimento, das vivências, da troca, do saber dizer e se colocar a ouvir.

Dos 100 professores de artes convidados, estavam presentes 65. Já é um número considerável. A parte da manhã foi dedicada a uma apresentação que é fundamental, dentre outros tópicos: que africanos são estes trazidos para o Brasil? Que sabiam? De onde vieram? Para onde foram?

Estas informações são básicas para quem estuda o assunto e imprescindíveis para quem deseja planejar uma aula e ensina. Depois falamos sobre a introdução do culto aos santos negros no Brasil; das festas católicas como espaço de socialização, lazer e recriação; do sincretismo religioso; das irmandades dedicadas a santos negros; das festas sagradas que se profanizaram; da musicalidade e dos instrumentos de origem africana introduzidos e recriados ou adaptados no Brasil; das relações entre jongo e funk ou entre maxixe e o samba; enfim, assunto é o que não falta.

As muitas palestras, cursos e oficinas acerca desta temática que têm sido organizados cada vez mais intensamente, parecem, para alguns, um massacre, chegamos a ouvir algo assim que foi um "desabafo" de um professor compartilhado com um dos organizadores. Engraçado, não passa pela cabeça de uma pessoa destas que é um massacre também ser negro e ser violentado pela invisibilidade, omissão, negação etc.?

Bem, a tarde preparamos três oficinas: cortejo de Maracatu e construção de adereços; musicalização e construção de instrumentos; festas populares e festas de família nas expressões bidimensionais. Os professores acabaram fazendo as oficinas que mais lhes interessavam, o que é muito bom, pois cada um pôde se preocupar com as suas próprias ausências e preenchê-las via estas breves ações. Preencher bem pouquinho.


O início de tudo, olhares atentos.


Uma breve introdução sobre países africanos que possuem relações de imigração com o Brasil. É fundamental situar estas questões que geram muitas dúvidas.


Um público mais específico de artes, professores que trabalham com várias linguagens.

Calunga produzida pela amiga Ariane. Como toda Calunga tem um nome, apresentamos a Sarah Rute.
As pessoas estavam absolutamente imersas nas ações e tivemos resultados lindos.

Do cortejo onde todo mundo se solta, onde professores viram reis e rainhas de mentirinha, se aprende a mover o corpo de uma maneira nova, onde o grupo se identifca por meio da construção de um estandarte...


Manoel Trindade mostrando aos participantes da oficina 1 como se dança maracatu de baque virado.

Enquanto alguns dançavam e se soltavam ...

Outros produziam os adereços como buquê, coroa ...

... estandarte...

Se preparavam para o cortejo: rei e rainha.




Todos entraram no clima da vivência que tem por objetivo apresentar manifestações, expressões e elementos, é mostrar parte da cultura popular de forma lúdica, a partir do fazer.


... Aos tambores que têm suas construções desvendadas por meio de uma atividade simples, lúdica, repleta de som, onde se percebe a força dos "tum-tuns" e "tam-tans", quase brincando, mas seriamente saudando São Benedito...


Na oficina 2, a de musicalização e construção de instrumentos, os professores se divertiam decorando os seus objetos.

Muitos ficaram lindos!.

Marcos Vinicius apresentou o processo e seus objetivos..

Depois o pessoal preparou uma saudação para São Benedito, dá uma espiada do vídeo aí embaixo... lindo demais!

... Oi ainda, rememorando lembranças de festas populares presenciadas nas infâncias, onde santos, brilho, música, canto, dança, comida e fervor se misturavam em um sentimento único de pertencimento e êxtase!


Na oficina de festas populares, memórias foram acionadas: qual a festa popular de que você mais gostava de participar? Que elementos que chamavam a sua atenção?

O auto do boi e o Maracatu.

O circo: uma festa itinerante.



A festa de N. S. dos Navegantes de Bom Jesus do Pirapora.

Alguém resolveu brincar com a tridimensionalidade em papel.

Todas as produções expostas: curadoria dos professores!.
Tem melhor coisa que sair de um trabalho exausto, porém com sentimento de completude?

Que bom! Ariane Neves, grata pela Calunga Sarah Rute. Todos se emocionaram com a história desta amiga que se foi em carne, que me ensinou a valorizar a cultura popular de matriz africana e que vive, de alguma forma, na boneca elaborada pela amiga Arê.

Segue a bibliografia básica que utilizamos e esperamos que estas experiências se repliquem em salas de aulas Brasil afora. Que negrinhos e negrinhas não sintam-se envergonhados em dançar coco ou maracatu; em rezar para Iemanjá ou Santa Efigênia; que comam acarajé e caruru lambendo os dedinhos ao som de Rappin Hood ou de Samba de Chula e achando lindas as pinturas de Sérigo Vidal e de Heitor dos Prazeres.

Ah, nós que agradecemos!


Bibliografia

http://www.comciencia.br/reportagens/negros acesso em 05 ago.2008.
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ARAÚJO, Emanoel. A mão afro-brasileira: significado de sua contribuição artística e histórica (catálogo da exposição). São Paulo: Tenenge, 1988.
BARBIERI, Renato. Na rota dos orixás (fita de vídeo - VHS). Aspectos da Cultura Brasileira. São Paulo: Idealização e Realização Instituto Itaú Cultural, 1998.
BARJA, Wagner; FONTELES, Bené (Org.). Rubem Valentim: artista da luz (catálogo de exposição). São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2001.
COCCHIARALE, Fernando. Panorama de arte atual brasileira/ 97. São Paulo: MAM, 1997, p. 114.
CONDURU, Roberto. Arte Afro-brasileira. Belo Horizonte: C/ Arte, 2007.
CUNHA, Mariano Carneiro. Arte afro-brasileira. In: Zanine, Walter (org.). História Geral da arte no Brasil. São Paulo, Instituto Moreira Salles, 1983.
FERREIRA, Ricardo Franklin. Afrodescendente: uma identidade em construção. São Paulo: Edusp, 2000.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2001.
LODY, Raul. Santo também come. Rio de Janeiro: Pallas, 1998.
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2007.
RIBEIRO, Darcy.  Povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companha das Letras, 1995.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Racismo no Brasil. Publifolha, 2001. (Série Folha Explica).
______. O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
Santos, Gislene Aparecida dos. Coleção Percepções da Diferença: Negros e Brancos na Sala de Aula. São Paulo: Terceira Margem, 2009. (10 volumes).
SANTOS, Luiz Carlos dos (Organização e apresentação). Antologia da poesia negra brasileira: o negro em versos. São Paulo: Moderna, 2005.
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SILVA, Dilma de Melo. Arte africana e afro-brasileira/ Dilma de Melo e Silva e Maria Cecília Félix Calaça. São Paulo: Terceira Margem, 2006.
SILVA, Juliana Ribeiro da. Homens de Ferro: os ferreiros na África Central no século XIX. São Paulo: Alameda, 2011.