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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

"Afro Retratos", 2012, Fase asiáticas em exposição no evento "Feminino Expandido"

Da série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro Retratos" - fase asiáticaDa série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro Retratos" - fase asiática - detalhe
Da série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro Retratos" - fase asiáticaDa série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro Retratos" - fase asiática - detalhe
Da série "Afro Retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro retratos" - fase asiática002Da série "Afro retratos" - fase asiática - detalhe
Da série "Afro retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro retratos" - fase asiática - detalheDa série "Afro retratos" - fase asiática - detalhe

Novos trabalhos da série "Afro Retratos" que estarão em exposição no Centro de Cultura Afro-Brasileira Odette de Barros, na cidade de São Carlos (SP), na exposição "Expandindo Olhares", parte do evento "Feminino Expandido", promovido pela Cubo Preto Ltda. em parceria com a Secretaria de Cultura da Cidade. De 02 de março a 28 de abril de 2012.

Sobre o evento Feminino Expandido – Secretaria Municipal de Cultural de São Carlos
 Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira Odette dos Santos
 Março de 2012

 Expressão artística e experiência social: a formação de público como educação dos sentidos
O projeto Feminino Expandido apresenta a exposição Expandindo Olhares na qual reúne três artistas: Ariane Neves, Juliana Brecht e Renata Felinto. Um traço comum entre elas é o fato de trabalharem sua produção plástica em duas frentes: a expressão artística e a arte educação. O processo de envolvimento em uma linguagem alimenta a outra e vice e versa. Isso não é novidade no campo das artes, assim música, teatro, pintura, desenho e escultura resultam de estudo, de aprendizado e ensino. Porém, nem todos os artistas querem ter seus nomes ligados à educação.  No decorrer da exposição cada uma das artistas desenvolverá uma atividade educativa, uma oficina com base em suas investigações plásticas e conceituais. É assim que Neves mostrará como em seu processo criativo o corpo, o seu corpo, é o território que deve ser expandido ocupando muros, paredes, postes. Brecht, por sua vez, passa ao largo de muros, paredes exteriores ficando no espaço íntimo de si, consciente, porém, que eu não é algo resolvido ela afirma em uma obra delicada: “dentro de mim habitam vários eus” como o Mário de Andrade quando diz “Eu sou trezentos , sou trezentos e cinquenta”. Felinto atualiza, por meio de uma espetacularização cromática a potência do rosto feminino de fenótipo afro manipulando um imaginário social que tende a reduzir as culturas africanas e afro-brasileiras à alegria barroco-carnavalesca. Mas, para além da beleza plástica de suas atraentes figuras o que se investiga aqui são as possibilidades de muitas mulheres em uma só na medida em que o trabalho é fruto da pesquisa de adornos estéticos femininos provenientes de culturas asiáticas, americanas, européias e africanas.
Mas, Feminino Expandido amplia um pouco mais a abrangência de seu território de atuação, isto é, não fica apenas em Expandindo Olhares e oferece ao público outras possibilidades de diálogos ao convidar mulheres de outras expressões artísticas que discutirão a condição da produção cultural contemporânea afro-brasileira. É assim que figuram na programação a escritora Raquel Almeida (Sarau Elo da Corrente), a bailarina Regina Santos (Bixiga 70) e a atriz e performer Michelle Mattiuzzi que sob a mediação da pesquisadora, educadora e mestre em Artes Visuais Vanessa Lambert discutirão quem é, afinal a mulher afrodescendente na atual produção cultural brasileira.
Este breve texto ficaria incompleto senão lembrássemos que há várias expansões em curso neste projeto. A primeira delas é o deslocamento de conhecimentos e experiências de um centro produtor como São Paulo para o interior, o que mostra que há outras paragens além da capital. Isso é importantíssimo! Outro é o fato desse projeto ser uma continuidade de uma atividade ─ Rosa e Marrom: gênero e raça na arte brasileira (2007) ─ já desenvolvida neste Centro Municipal de Cultura Afro-brasileira Odette dos Santos e, posteriormente, no Museu Afro Brasil (2010). Finalmente cabe notar que tais ações têm por objetivo formar público, neste caso, a partir da visibilidade das atuações de mulheres no campo artístico, difícil tarefa para qualquer espaço cultural mesmo nos grandes centros.
Esperamos poder efetivamente contribuir para a expansão do acesso à cultura, por meio de ações educacionais dirigidas à formação de público: crianças, mulheres e homens por um país cuja igualdade política um ideal acima de todos.
Alexandre Araujo Bispo – antropólogo, curador e critico de arte
Fevereiro de 2012

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