Eu demorei para escrever este texto... O Carnaval acabou. Carnaval triste aqui em São Paulo. Sob chuva e alguns dias até friozinhos. Atrapalhando mesmo os paulistanos. E nem adianta dizer que o paulistano sai pras ruas mesmo com chuvas. Desculpem, tinham menos pessoas nas ruas. Entretanto, eu vi mais gente fantasiada. Ando pensando muito sobre a fantasia nas nossas vidas, da fantasia dos contos de fadas às histórias de horror. Da fantasia como fuga da realidade. É incrível quantos filmes e seriados tem retratado o absurdo, o impossível. Walter Benjamin dizia no seu célebre texto "A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica" já dizia, grosso modo, que o cinema não estava sendo empregado dentro de suas potencialidades, que ele seria justamente para realizar o irreal, isto é, da fantasia ao absurdo. O texto foi iniciado em 1936 e publicado em 1955. Ele já pensava nessa possibilidade do homem sonhar com o que vemos hoje, um mundo de efeitos especiais que nos levam para lugares irreais, nos fazem mudar de plano, ou melhor, sair do plano.
Para ler o texto inteiro:
Eu sempre adorei me fantasiar. Quando pequena minha mãe destruiu o vestido de noiva para confeccionar fantasias para mim. Na verdade, pegou uma fantasia do meu pai, com a qual ele havia desfilado na VAI VAI, e o vestido dela e transformou em uma roupinha de baianinha para minha irmã e em uma de bailarina para mim. Nossa! Pena que não tenho nenhuma foto. Ela foi muito desapegada e muito amorosa. Cada coisa que mãe faz. Também fui garçonete, a havaiana que é uma fantasia bem tradicional, anjo, diaba, sereia, e no último Carnaval fui Walking Dread. Não, não escrevi errado. Eu, meus irmãos e meu mino, fomos de Walking Dreads. A ideia era morder outras pessoas, ms não funcionou. A fantasia sujava todo o rosto de branco.
Bom. este é um texto curto. Peço desculpas a quem acompanha o blog porque além do trabalho, agora tenho uma barriga para cuidar e há dias nos quais eu não consigo sequer ler, de tanto sono.
O Carnaval que eu tanto gosto, mas que tive que curtir com moderação é isso, uma brecha nas nossas vidas para sermos quem quisermos, para fazermos as coisas mais absurdas, para extravasar aquela vontade que deu de brigar com o motorista do carro ao lado, de xingar a atendente esnobe de alguma loja. Enfim, é uma liberação, não diga da carne porque no Brasil muito se fala e pouco se faz, inclusive falando de sexo. Mas, da liberação dos desejos bobos de sermos personagens de um mundo melhor e inverossímil sem grosserias, preocupações...
Tirei as fotos no "Vai quem quer" da Vila Madalena e no "Agora Vai" da Barra Funda.
Aqui seguem os melhores fantasiados, na minha opinião e alcance de visão. Olha, eu exclui as Fridas, não sei o que deu no povo que só juntam as sobrancelhas e acham que viraram a diva da pintura mexicana...
De qualquer forma, seja quem você quiser:
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Todo homem, no fundo da alma, tem vontade de saber como é ser uma mulher... Gostosa, claro. |
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Olha que fino este marinheiro! |
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Super Mário!! |
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Pervas! |
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As meninas negras são mais comportadas! |
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Bobo da corte havaiano? |
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Adivinhe! 1, 2, 3 Mad Max. |
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Pocahontas, impossível não lembrar do trocadilho Pouca Roupas. |
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Elis Sibere Trindade foi de bonita mesmo. |
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Nanaira. |
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oeste está colorido, mas não decifrei e nem ele sabia me dizer direito. |
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Acordei agora e vim assim, linda! |
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Dançarinas de cabarés franceses. A de verde estava mucho sexy! |
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Pra quem gosta de ovo frito. |
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"Mamãe eu quero mamar". As crianças estavam chocadas com este homem vestindo fraldas. Muito bom! |
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Superman Latino! |
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Farid, Haji, Abdu, enfim, o dono do petróleo. Sheik até o chão! |
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Estes estavam um arraso e são uma turma mesmo: Kiko... |
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... Chiquinha ... |
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Chapolin Colorado!! |
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Amy, querida, bebendo todas! |
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Não, não é uma chupeta, é um preservativo. Isso sim é criatividade. |
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Mulheres ricas! |
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Juno! A mais criativa! |
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A Daniela Vidal foi de linda, de ninfa. |
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Ai, gata... Modos! |
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Melindrosa, estava muy elegante! |
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Bat-minho! Lindinho! |
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Empreguetes! |
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Walking Dread... |